Carnaval: Busca-se folia, encontra-se Depressão!
- HUB CONNECTION RH
- 6 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Enquanto milhões de pessoas estão eufóricas pelo início do carnaval, sentindo às vezes uma “felicidade” única, estimuladas por diversas práticas, nem sempre recomendáveis, outras milhões de pessoas estão se perguntando: de onde vem essa animação toda? E por que, enquanto todos estão felizes, cantando, brincando, eu estou aqui...triste e deprimido?

Sentimento de tristeza e angustia na época do carnaval é mais comum do que se pensa. A sensação de euforia e agitação causada pelos movimentos sociais que organizam e curtem a maior festa popular do mundo, eleva o grau de sofrimento, sentindo principalmente em serviços de saúde mental públicos e clínicas particulares, emergindo assim quadros depressivos e até mesmo ideações suicidas.
Confirmando este empirismo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), ONG que oferece acolhimento e apoio emocional e prevenção do suicídio, relata que o número de ligações recebidas costuma aumentar significativamente no período do carnaval.
O clima de Carnaval
O carnaval representa para a maioria dos brasileiros um momento de expurgo, de extravasar, de soltar suas fantasias, mas nem todos tem essa visão, por uma questão mercadológica temos um meteoro de divulgações sobre a festividade, para além da expectativa que a sociedade coloca em festas populares, para muitos nesta época busca-se felicidade encontra-se depressão.
Nesse período, muitas pessoas experimentam sentimentos como melancolia, euforia e até depressão. Unidades de saúde, hospitais e forças de segurança registram aumento de suicídios e tentativas nessa época. Profissionais da saúde mental também observam aumento da demanda de seus serviços de pessoas com queixa de depressão e tristeza.
Se você se depara a todo momento com pessoas animadas, eufóricas e cheio de expectativas com o carnaval, quando na verdade o que sente é desânimo, fadiga, desesperança e tristeza. Por vezes essas ações externas exercem uma pressão ainda maior sobre a obrigação de “ser feliz” e acaba se culpando por se sentir assim, quando “deveria” estar alegre e animado com a folia.
Preocupado em não “estragar” o clima social, você acaba por abafar esses sentimentos, coloca sua fantasia e segue o efeito de manada e vai para a folia, na esperança que esta felicidade também te atinja e você também seja feliz, nem que seja por instantes.
O que fazer?
Os aspectos que contribuem para que uma pessoa se sinta triste ou depressiva no carnaval, são multifacetados. Se você tem sentido esse período como algo pesado ou difícil, se deseja fugir para um lugar bem longe ou dormir e acordar apenas depois da quarta de cinzas, se você tem se sentido desanimado, sem vontade de enfrentar as situações, e acredita que “sumir” seria uma opção para acabar com seu sofrimento de uma vez por todas, procure ajuda.
Para quem está perto de pessoas que apresentam estes aspectos, o melhor é se manter por perto, ser acessível e oferecer ajuda e amparo para procurar ajuda profissional, converse sobre esse sentimento de desamparo com esta pessoa. Não legitimar este lugar de sofrimento e angústia ou tentar te convencer que isso é uma bobagem que a pessoa deveria “curtir” a festa e não pensar nestas “coisas”, é um fator que agrava o quadro de depressão e pode criar uma aversão de se tocar nestes assuntos.
Você talvez não se sinta assim, mas essa realidade pode estar atingindo um familiar ou amigo. Neste caso, esteja atento, ofereça apoio e ajude-o a buscar o tratamento profissional adequado. Ao contrário do que se pensa a maioria, falar sobre os sentimentos, ajuda a pessoa à tomar ciência do problema e não piora a condição da pessoa em depressão.
Está passando por algo parecido com si mesmo ou com alguma pessoa próxima? Entre em contato comigo clicando aqui!
Por: Psic. Hallan Lincoln
CRP: 04/58969
Psicólogo Clínico, Social e do Esporte l Palestrante l CEO HUB Connection
Busque ajuda:
Ligue: 193 – bombeiros (em casos de emergência).
Ligue: 141 – CVV atendimento gratuito 24 horas por dia.
http://www.cvv.org.br – atendimento online CVV via chat ou Skype.
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